Como fazer, então? Em tudo na vida busque a consistência. Ela pode estar oculta, mas sempre existe. Nessa linha você terá mais chances de se aproximar dos fatos. Por exemplo: se alguém sempre foi ético, honesto, transparente, coerente, não possui ações que desabonem sua conduta, e aparece sobre essa pessoa um evento controverso qualquer, pare, analise, pondere, observe, pergunte, consulte. Certamente haverá aí nós fundamentais que você desconhece.
Te digo mais:
- Veja a cena completa. Evite se ater a retalhos de situações. Quem reconhece um elefante pela cauda acredita ser uma cobra.
- Não julgue sem ouvir diretamente todos os lados. Eu disse: diretamente.
- Não propague nada sem conferir antes pessoalmente a veracidade do que vai dizer. A palavra lançada não pode mais ser recuperada.
- Não dê razão a quem fala mais ou grita mais alto. O silêncio é, muitas vezes, exatamente a maneira de quem é decente preservar outras pessoas - não uma declaração de culpa.
O mundo, filho, tem muita facilidade em julgar. Viciou-se a tal ponto em falar de tudo irresponsavelmente que perdeu a linha divisória entre a realidade e a imaginação. E normalmente não se importa com isso. Você precisa buscar agir diferente.
Passe pela fumaça das alegações, das reclamações, das visões, e ache, no meio dela, as rochas que sustentam os fatos. O caminho não é fácil, mas não existe justiça nem honradez sem o emprego da prudência necessária, sem o tempo gasto em distinguir fatos e interpretações.
A verdade será sempre a verdade. Persiga-a.