Filho, nas florestas mais densas do mundo divisam-se de forma muito fácil as clareiras - espaços onde as árvores faltam. Ao entrar nelas, você está, ao mesmo tempo, dentro e fora da mata. Valorize-as.
Quando, na vida, acostumado a andar pelos bosques fechados, você se deparar com uma clareira, pare, observe, curta. Ela pode parecer ameaçadora sem a proteção das árvores a que você se acostumou. Há tempo de proteção e há tempo de risco. Só sabe andar firme sob as árvores quem sabe que não depende delas.
Olhe para cima, veja o Sol; olhe para baixo, veja as flores; feche os olhos, sinta o vento diferente. Tudo na clareira é livre.
Reconheça, na vida, os diferentes solos em que sua estrada o fará pisar. Quando seus caminhos o levarem a uma clareira, não se esqueça de que não é a clareira que está aprisionada entre as árvores, nem são as árvores que tentam destruir a clareira: elas são uma só e a mesma coisa. São duas faces da mesma moeda.
E retome sua estrada pela floresta.
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