Eu ME proíbo:
- De não te ouvir, mesmo que não concorde com você;
- De gritar com você, mas prometo ser firme e duro, se necessário;
- De usar qualquer tipo de violência com você;
- De não respeitar sua individualidade, a menos que te coloque em risco;
- De interferir em suas escolhas amorosas, a menos que elas te coloquem em risco;
- De menosprezar seus problemas e suas conquistas só porque eu já passei por eles;
- De deixar você fazer sempre o que quiser por preguiça de te educar;
- De perder a paciência com você, por mais que você se esforce para isso;
- De deixar com que o trabalho roube minha qualidade de presença junto a você;
- De querer que você cresça rápido demais;
- De te ver como um bebê, quando você precisar crescer;
- De não te ver como meu bebê, quando precisar do meu colo, seja com que idade for;
- De não te dar a mão quando você precisar;
- De te oferecer a mão quando você não precisar;
- De não te segurar quando você cair;
- De te segurar quando você precisar ir;
- De ser apenas seu pai quando deveria ser seu mestre; de ser apenas seu amigo quando deveria ser seu pai; de estar ausente quando deveria ser seu amigo.
A paternidade, filho, é também uma dança: preciso e vou deixar com que você se movimente, embora esteja te acompanhando os passos a todo momento.