Alguns acreditam que a morte é um fenômeno puramente orgânico, como uma doença, que será vencido pela Ciência algum dia e que, portanto, após findados os impulsos neuroniais, aquele pensamento, aquele coração, aquelas experiências, desaparecem com os compostos químicos em decomposição.
De outro lado, há muitas teorias não-materialistas para explicar esse momento extremo da vida humana. Em comum, elas apresentam a ideia da transcendência: o ser humano seria algo capaz de sobreviver a essa passagem e seu futuro teria relação com o quanto angariou de conquistas para essa alma durante a vida. Ainda como linha mestra entre elas, a possibilidade de, ainda durante a existência orgânica, alçar voos curtos a esse mundo suprafísico sempre por algum tipo de recolhimento, meditação, introspecção ou oração.
Há uma coisa inexorável: você terá vários encontros com a morte - os primeiros com os que você convive e ama e o último pessoalmente. E eles o farão lembrar dela com alguma frequência.
Não desejo influenciar de forma determinista na sua visão da morte e, portanto, da vida. Mas recomendo que você:
- Não compre ideias prontas - desenvolva as suas próprias;
- Considere que a resposta que você busca pode estar espalhada em pedaços: no pensamento científico, na sua sensibilidade, na observação da Natureza, nas pessoas, na meditação, etc.;
Você pode ser um cientista que irá ajudar a combater a degradação física; você pode ser um pensador que irá ajudar a compreender a morte; você pode ser um apoiador que irá ajudar a suportá-la. Faça o que fizer, faça com sinceridade, com humildade e com amor.
Vencer a morte pode ser mais do que tudo isso: pode ser apenas parar de temê-la.
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