- Saudade é mais do que sentir falta. Por isso, perante ela, são pobres as expressões "Je te manque" em francês, "I miss you" em inglês ou "Te extraño" em espanhol.
- Saudade não é nostalgia. A saudade não traz o desejo de viver o passado, mas de vivenciar no presente a essência boa desse passado.
- Saudade é mais do que sentimento de posse. Por vezes, ela pode até ser vinculada ao oposto: ao altruísmo.
A saudade é capaz de ultrapassar as barreiras do tempo e das imperfeições dos outros para se fixar na essência mesmo daquela pessoa, que ela é capaz de amar. A saudade não esquece os problemas, mas coloca-os num nível de importância menor em relação àquilo de que se tem saudade.
A saudade às vezes nos toma de assalto, outras vezes cozinha lentamente nosso coração. Às vezes ela dói, outras vezes conforta. Ora faz meditar, outras agir, mas sempre incomoda. Não é possível ignorá-la, porque ela tem acesso irrestrito a nós. Ela é parte de nós.
A saudade nos conecta com quem fomos na ocasião de que temos saudade, quem somos hoje e quem seremos no futuro. A saudade nos impulsiona, quando bem utilizada.
Te sugiro, portanto, filho:
- Respeite a saudade. Ela é uma legítima expressão do amor.
- Não deixe que a saudade te congele. Ela não foi feita para isso. Deixe que ela te impulsione e faça você agir.
- A saudade não pode ser contínua. Ela pode te assaltar por segundos, minutos. Se ela se prolongar tempo demais, não é mais saudade - pode ser depressão.
- Às vezes construir o bem de que se sente saudade em outra situação (com outra pessoa, em outro tempo, etc) faz com que você amenize a saudade, se ela doer.
- Viva! Construa um presente brilhante para que você tenha do que sentir saudade no futuro.
- Construa com os outros momentos únicos. O amor genuíno que plantar florescerá em saudade nos corações alheios e essa saudade te conectará para sempre com eles.
Sinto saudade sua porque te amo.
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