À guisa de introdução


Este é um espaço de coleção de pensamentos para meu filho Antonio.

Categorizei as postagens por fase da vida em que imagino que serão úteis a ele, divididas em períodos de 7 anos. Assim, onde estiver marcado "1setenio" são para de 0 a 7 anos, "2setenio" para 7 a 14, e assim por diante.


terça-feira, 21 de julho de 2015

Cultura

Filho, no Tibete há lagos especiais, chamados culs, que, por sua salinidade, não deixam com que afundemos. Se quisermos mergulhar, é preciso "nadar para baixo". Alguns afirmam que a palavra "cultura" surgiu daí. Outros dizem que é do latim cultura, que significa "cultivar a terra" ou, ainda, "cultivar mentes através da educação".


Você verá que boa parte das pessoas "consome" cultura como come pão: escolhe pela aparência da casca, carrega dentro de um saco e às vezes joga o miolo fora. Fotografam monumentos históricos mas não os entendem, filmam espetáculos ao invés de assistí-los, leem as capas dos livros e são capazes de conversar sobre o assunto como se os tivessem estudado.

A cultura é tão ou mais importante para a educação do que o estudo teórico. Mas existe uma diferença: não se mergulha nos culs sem se molhar os pés, nem se cultiva a terra sem encostar nela. Não se adquire cultura sem esforço de vivência.

Não perca, portanto, as oportunidades de vivenciar a cultura. Sugiro a você:
  • Leia antes sobre qualquer espetáculo que for assistir ou obra de arte que for ver. Com o cérebro satisfeito, você penetrará muito melhor no espírito lúdico.
  • Vá ao cinema sozinho às vezes e sente-se no meio da sala.
  • Nunca vá a um museu uma única vez. A segunda olhada numa mesma obra é sempre diferente.
  • Por mais desajeitado que se ache, experimente fazer: pinturas, esculturas, desenhos. Jogue fora depois se quiser, mas antes os admire como expressão sua. Você se surpreenderá.
Cultive sua mente como uma boa terra, mergulhando nos lagos da cultura com dedicação, respeito e consciência.

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