Há um provérbio italiano, filho, que diz: “Traduttore, traditore”, que significa "Tradutor, traidor". É uma alusão à dificuldade que os tradutores têm de passar uma ideia de uma língua para outra sem trair o espírito original. Mas de onde vem essa complexidade? O que representa um idioma?
O português é uma língua românica, assim como o francês, o italiano, o espanhol e o romeno. Ou seja, são derivadas da mesma raiz: o latim vulgar. Daqui vem meu primeiro conselho a você: estude os radicais gregos e latinos que formam as palavras em português. Esse conhecimento levará você a reconhecer o significado delas em todas essas línguas e entender melhor a origem dessas palavras na sua própria língua: a isso se chama etimologia.
A língua é a expressão de uma nação, de um povo. Ela é viva. Nunca se esqueça disso. Estude idiomas, mas mergulhe em seu significado. Leia livros clássicos na língua que estiver estudando, veja filmes, se puder viaje para um país que a tem como língua mãe, veja peças de teatro, converse com pessoas na rua. Fale sozinho, por mais que pareça maluco, fale sozinho uma mesma frase no idioma que estiver estudando e se ouça até que ache satisfatório. Foi assim que você aprendeu a falar o português!
Por fim, entenda que as línguas te dão a impressão falsa de que os povos são muito diferentes. Não são. As línguas são uma forma de transformar em palavras ideias de seres humanos, seus problemas, suas necessidades, que são, grosso modo, os mesmos num chinês, num brasileiro ou num sueco. Portanto, não tenha vergonha em buscar pronunciar a língua como um nativo. Fale errado. Não importa.
Por trás dos idiomas está a pluralidade da cultura e da história da própria humanidade. Estudá-los entendendo isso dará a eles um brilho especial. Experimente!
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