A alavanca é um instrumento muito útil: se aplicarmos nela uma força à distância certa, conseguimos levantar (pouco) pesos enormes do outro lado. É assim que funciona uma brincadeira de gangorra no parquinho: quem é mais pesado tem que sentar mais próximo do apoio para que o outro consiga erguê-lo. É uma visão física desse aparato. Mas será que conseguimos tirar dele mais alguma lição?
Para remover os problemas pesados da vida, considere usar uma alavanca desta forma:
- Ache a haste certa: é o segredo da boa alavanca. A haste são os conhecimentos de que você dispõe para o trabalho. Caso você identifique como necessário algum que ainda não possui, não adianta seguir em frente. Adquira-o primeiro.
- Encontre um ponto de pega (ponto-chave) no problema: é onde você vai agir e acompanhar o movimento. Precisa ser, ao mesmo tempo, visível a você e efetivo para a solução.
- Busque um ponto de apoio: a base da alavanca suporta todo o peso do problema somado à sua força. Ela é o conjunto dos seus princípios e valores. O solo não pode ceder com a pressão, senão o movimento será só aparente e não resolverá o problema verdadeiramente.
- Calcule a distância: é preciso saber que quanto mais pesado o outro lado, mais distante você precisa estar para movimentá-lo. Não tenha pressa, analise o problema sob uma óptica tão mais ampla quanto mais complexo for. Força demais à distância errada é inútil.
- Avalie e replaneje: observe a todo instante como o problema se comporta e, se necessário, calibre o ponto de pega, de apoio, a força e a distância da ação.
Talvez Arquimedes tenha querido dizer muito mais do que ensinar o funcionamento físico da alavanca. Usá-la com sabedoria, no sentido do pensamento e da ação, também fará com que você "mova o mundo".
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