À guisa de introdução


Este é um espaço de coleção de pensamentos para meu filho Antonio.

Categorizei as postagens por fase da vida em que imagino que serão úteis a ele, divididas em períodos de 7 anos. Assim, onde estiver marcado "1setenio" são para de 0 a 7 anos, "2setenio" para 7 a 14, e assim por diante.


terça-feira, 1 de setembro de 2015

Hiena

Meu filho, a hiena é um animal bem interessante que chama a atenção de todos pelas risadas que dá. Mas o que ela tem a nos ensinar?


Em um estudo (hoje) recente, pesquisadores da Universidade da Califórnia entenderam que "em situações de competição, animais de posição inferior na hierarquia riem muito mais", ou seja, a risada pode ser, segundo eles, "um sinal de frustração".

Isto também ocorre com os povos humanos. Você perceberá que é muito comum o riso fácil de quem é dominado (não confunda com quem está oprimido). As sociedades menos seguras, menos educadas, que se sentem desesperançosas e abandonadas por seus governos corruptos, têm um riso mais solto que as mais desenvolvidas.

Dizem que o brasileiro é um povo muito solícito e agradável. Em parte é verdade. Em outra parte é o "complexo da hiena" de uma nação maltratada, inferiorizada, imbecilizada pelo estímulo da mídia à falta de espírito crítico, de espírito cívico. É a fuga sentimental de corações sem esperança no futuro, que depositam no alegria presente do sorriso frouxo a única escapatória de alguma satisfação. Vi esse mesmo comportamento em outras sociedades até mais humilhadas que a de nosso país.
  • Não acredite em todo sorriso nem em toda lágrima. As aparências podem esconder os motivos.
  • Não condene quem ri como uma hiena, mas não se torne um deles.
  • Não retire a pouca alegria que têm, mas indique um caminho bom de futuro.
  • Valorize a educação cívica como único passo possível para a regulação emocional social.
  • Preste atenção nas crianças e na espontaneidade sincera de sua risada.

O sorriso é um bem precioso quando usado como demonstração de carinho, de bem estar íntimo, de intimidade, de envolvimento. Torná-lo banal só o desvalorizará, desmerecendo também seus sentimentos como um todo. Aprende-se também pelo contraexemplo: não seja uma hiena.

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