Se é uma realidade, convém não lutar contra ela: quem bate o martelo é sempre quem bate dentro do seu peito. Resta ao cérebro inteligente negociar:
- O cérebro é medroso e se pauta no passado; o coração é valente e se guia pelo futuro. Entenda as diferenças antes de negociar.
- Não meça forças com a emoção. Ela vai se esconder, você vai pensar que ganhou, vai começar a ser assaltado a toda hora do dia, porque o coração vai fazer greve e bagunçar suas pequenas decisões, e quando o cérebro olhar para o lado, vai ser atropelado sem chance de defesa.
- Não distorça ou ampute a realidade para si mesmo, tentando se enganar. Ofereça argumentos honestos e balanceados. O coração costuma gostar de sinceridade e da justiça. Se ele perceber que está tentando ser enganado, vai decidir sozinho e pronto.
- O coração não se convence, ele abraça ideias. Os argumentos racionais não são suficientes para ele. Para ter acesso aos emocionais, você precisará das ferramentas da meditação e do autoconhecimento.
Mas que a pobre massa cefálica não se sinta (?) preterida. Pode não parecer, mas o coração é seu melhor amigo, defensor e guerreiro. Às vezes a apavora, mas é o cara certo para estar no controle do botão das decisões.
Por fim, deixo um fantástico resumo do assunto, inspirado, poético e emocional - como não poderia deixar de ser - feito por Clarice Lispector:
Não me deem fórmulas certas,
Porque eu não espero acertar sempre...
Não me mostre o que esperam de mim,
Porque vou seguir meu coração!...
Não me façam ser o que eu não sou,
Não me convidem a ser igual,
Porque sinceramente sou diferente!...
Inspirador como sempre! Aguardo novas postagens!
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