À guisa de introdução


Este é um espaço de coleção de pensamentos para meu filho Antonio.

Categorizei as postagens por fase da vida em que imagino que serão úteis a ele, divididas em períodos de 7 anos. Assim, onde estiver marcado "1setenio" são para de 0 a 7 anos, "2setenio" para 7 a 14, e assim por diante.


domingo, 25 de outubro de 2015

Ante os vulneráveis

Filho, a conduta de bem pede sensibilidade para saber lidar com as vulnerabilidades dos outros, em especial se sua posição for de ascendência sobre eles (dependência da parte deles) naquele instante.


Existem profissões, filho, que lidam com relações de vulnerabilidade diariamente:
  • Um psicólogo frente ao paciente
  • Um médico frente ao doente
  • Um professor frente ao aluno
  • Um assistente social frente ao atendido

Em todos os casos, há desigualdade de equilíbrio ou de maturidade emocional levando à fragilidade e à dependência. É absolutamente necessário que você identifique essas situações de imediato porque elas requerem responsabilidade maior do que o normal da parte mais forte.

É comum, por exemplo, que uma aluna se apaixone por seu professor. Mas não é normal, não é ético, não é aceitável, que um professor, principalmente enquanto exercendo sua profissão, permita que isso se torne um romance enquanto permaneça a relação professor-aluno.

Se isso existe em relação às profissões, também não escapa das situações cotidianas. Às vezes, nas relações sociais, entre conhecidos, uma piada mal contada ou uma brincadeira de mal gosto pode deixar alguém vulnerável. Detectando o ocorrido, saiba pedir desculpas na hora se foi você o causador e proteger responsavelmente se não foi.

Tudo isso adquire alto grau quando se trata de uma criança frente a um adulto. É seu dever - inclusive legal - zelar pela proteção das crianças e adolescentes, defendendo-os até mesmo de seus pais, se for o caso. Se se aproveitar da vulnerabilidade de um adulto em situação de fragilidade denota falta de caráter, quando isso atinge uma criança ou adolescente, torna-se criminoso, inaceitável, repugnante.

Por fim, observe a forma como lida uma pessoa com os vulneráveis a ele. Isso é um indicativo quase certeiro de seu caráter.

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